PESQUISAR NO BLOG
Seja bem vindo (a)!
Páginas
terça-feira, 25 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
Hipóteses da Escrita
Clique para ampliar
Por acreditarem que a criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocínio lógico e que o processo evolutivo de aprender a ler e escrever passa por níveis de conceitualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky definiram , em seu Psicogêne da Língua Escrita, cinco níveis:
• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
• Nível 2: Intermediário I;
• Nível 3: Hipótese Silábica;
• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
• Nível 5: Hipótese Alfabética.
A caracterização de cada nível não e determinante, podendo a criança estar em um nível ainda com características do nível anterior. Essas situações são mais freqüentes nos níveis Intermediários I e II, onde freqüentemente podemos nos deparar com contradições na conduta da criança e nos quais se percebe aa perda de estabilidade do nível anterior e a não estabilidade no nível seguinte, evidenciando o conflito cognitivo.
• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
A criança:
- não estabelece vinculo entre fala e escrita;
- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
- usa letras do próprio nome ou letras e números d\na mesma palavra;
- caracteriza uma palavra como letra inicial;
- tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;
• Nível 2: Intermediário I;
A criança:
- começa ater consciência de que existe alguma relação entre pronuncia e a escrita;
- começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
- conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
• Nível 3: Hipótese Silábica;
A criança:
- já supõe que a escrita representa a fala;
- tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
- já supõe que a menor unidade de língua seja a sílaba;
- em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.
• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
A criança:
- inicia a superação da hipótese silábica;
- compreende que a escrita representa o som da fala;
- passa a fazer uma leitura termo a termo; (não global)
- consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo.
• Nível 5: Hipótese alfabética.
A criança:
- compreende que a escrita tem função social;
- compreende o modo de construção do código da escrita;
- omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
- não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
- não e ortográfica e nem léxica.
A alfabetização não é mais vista como sendo o ensino de um sistema gráfico que equivale a sons. Um aspecto que tem que ser considerado nessa nova perspectiva e que a relação da escrita com a oralidade não é uma relação de dependência da primeira com a segunda, mas e antes uma relação de interdependência, isto e, ambos os sistemas de representação influenciam-se igualmente.
Temos então que a concepção que em geral se faz a respeito da aquisição da linguagem escrita, corresponde a um modelo linear e “positivo” de desenvolvimento, segundo o qual a criança aprende a usar e decodificar símbolos gráficos que representam os sons da fala, saindo de um ponto ‘x’ e chegando a um ponto ‘y’.
O dia a dia apresentado pelos alunos que ingressam nas séries iniciais, mostra-se preocupante, considerando que a cada momento, o educador encontra-se diante de alguns obstáculos, principalmente quando se refere à leitura e suas interpretações.Essa dificuldade embora comuns, se difunde em outras, como interpretação de textos, ditado, cópia e etc..., o que numa linguagem atual se reporta às técnicas de redação. Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem bloqueios para escrever, expressar suas emoções, falar etc. Nesse contexto, o professor precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo para seu enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o que lhe é repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se contemporizam com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades.
Temos então que a concepção que em geral se faz a respeito da aquisição da linguagem escrita, corresponde a um modelo linear e “positivo” de desenvolvimento, segundo o qual a criança aprende a usar e decodificar símbolos gráficos que representam os sons da fala, saindo de um ponto ‘x’ e chegando a um ponto ‘y’.
O dia a dia apresentado pelos alunos que ingressam nas séries iniciais, mostra-se preocupante, considerando que a cada momento, o educador encontra-se diante de alguns obstáculos, principalmente quando se refere à leitura e suas interpretações.Essa dificuldade embora comuns, se difunde em outras, como interpretação de textos, ditado, cópia e etc..., o que numa linguagem atual se reporta às técnicas de redação. Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem bloqueios para escrever, expressar suas emoções, falar etc. Nesse contexto, o professor precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo para seu enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o que lhe é repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se contemporizam com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades.
Autora do texto: Maira Haydée Goellner
Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional.
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM
Professora de Educação Infantil pela rede municipal de ensino. SEMED AM
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM
Professora de Educação Infantil pela rede municipal de ensino. SEMED AM
sábado, 1 de novembro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
sábado, 13 de setembro de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
domingo, 6 de julho de 2014
Prazos para avaliação no Simec
Caras cursistas
As avaliações no Simec do mês de julho vão abrir no próximos dias.
Peço a atenção de todas quanto as datas. Possivelmente a avaliação abrirá por volta do dia 15 de julho e vocês terão até dia 17/07, às 12h00min para realizar a mesma. Após essa data os sistema poderá fechar e vocês poderão ficar bloqueadas para realizar as mesmas.
Peço a atenção de todas quanto as datas. Possivelmente a avaliação abrirá por volta do dia 15 de julho e vocês terão até dia 17/07, às 12h00min para realizar a mesma. Após essa data os sistema poderá fechar e vocês poderão ficar bloqueadas para realizar as mesmas.
Calendário de Avaliação (Obs: Pode sofrer alterações)
Dia 15: abertura do
sistema para avaliação
Dias 15 a 17:
avaliação dos perfis municipais: professor alfabetizador avalia orientador e coordenador local e
orientador avalia professor alfabetizador, coordenador local e professor formador.
Dias 18 a 20:
coordenador local avalia seus orientadores
Dias 20 a 26:
avaliação dos perfis da universidade
Dias 27 a 30:
aprovação das avaliações pelo coordenador adjunto e coordenador IES
Dias 1 a 3 (do mês
seguinte): autorização de pagamento coordenador IES
Dias 4 e 5 (do
mês seguinte) : Autorização no Sistema de Gestão de Bolsas (SGB)
Os prazos do FNDE para
pagamentos estão estipulados em torno dos dias 6 e 7.
Fonte: DAGE/SEB/MEC
Conto com a compreensão de vocês.
Abraço
Iris Bueno
Orientadora de Estudos
terça-feira, 24 de junho de 2014
Reflexão: Educar Pedagogicamente e Educar Prazerozamente
(Fonte da Imagem: http://escolaesterguimaraes.blogspot.com.br/2012/04/rotina-na-educacao-infantil.html)
" Existem duas maneiras de educar: educar pedagogicamente e educar prazerosamente.
Educar Pedagogicamente é utilizar como base um roteiro pedagógico pré estabelecido, não levando em conta a inserção dos educados juntos ao conteúdo, desprezando os conhecimentos obtidos de forma informal e assim causando com que o âmbito escolar se torne um ambiente ditatorial.
Educar Prazerosamente é utilizar-se de formas inovadoras levando ao educando o prazer da busca de novos conhecimentos fora do âmbito escolar, tornando assim a sala de aula um ambiente agradável.."
(Maria Clara Fraga Lopes)
sexta-feira, 13 de junho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Avaliação do Mês de Maio no Simec
A avaliação do mês de maio já está aberta.
Entrem façam as atualizações de cadastro e façam as avaliações com urgência até o dia 15 de junho.
Lembrem-se que se as avaliações não forem realizadas poderão deixar de receber as bolsas.
Acessem: http://simec.mec.gov.br/
Login: CPF
Senha: simecdti ou sua senha já cadastrada.
Outras informações ou dúvidas ligar para a orientadora.
terça-feira, 20 de maio de 2014
10 Sugestões para trabalhar com textos
1.Texto em tiras
a) Selecione um texto curto e escreva-o em tiras de papel pardo -aquele bem barato que se compra em metros. Cada frase ou parte do texto deverá estar escrito em uma tira.
b) Divida a turma em grupos.
c) Distribua uma ou mais tiras para cada elemento do grupo -de forma desordenada- e peça para que o grupo o reconstrua no chão, de preferência no corredor ou pátio da escola. Essa atividade é sócio-interativa e promove a participação de todos na reorganização do texto. Também é uma forma de tirá-los das cadeiras e mudar o ambiente de aprendizagem.
2. Horóscopo
Quem não gosta de dar uma espiadinha no seu horóscopo de vez em quando, que atire a primeira pedra.
a) Selecione do jornal os horóscopos de todos os signos. Pode ser um da semana passada, ninguém vai perceber.
b) Pegue o corretivo e, aleatoriamente, dê umas pinceladas nele. Cuide para que haja um apagamento em cada signo.
c) Tire o xerox e dê para cada dupla recompor os textos que foram apagados. Poderá, antes, fazer um aquecimento, perguntando quem acredita em horóscopo, quando costuma lê-lo, se alguma vez já deu certo a previsão feita pelo horoscopista...
3. Anedotas
Selecione algumas piadas de salão e, em duas colunas, divida as piadas ao meio: o início da piada na primeira coluna e na outra - de forma desencontrada- o final das piadas. Os alunos deverão ler e combinar os textos humorísticos.
Sugestão: Convide os alunos a formarem duplas e encenarem as piadas para a turma.
4. Tiras em Quadrinhos
a)Recorte algumas tiras de histórias em quadrinhos.
b) Cole-as em uma folha com as partes desencontradas.
c) Os alunos deverão lê-las e reorganizá-las de forma apropriada.
5. Outra com tiras
a) Recorte novas tiras de histórias em quadrinhos e cole em uma folha, porém na ordem certa.
b) Com o corretivo, apague as falas.
c) Peça que os alunos completem da melhor maneira possível de forma que a história tenha coerência. Esse trabalho poderá ser feito em duplas.
6. Ache a foto da notícia
a) Recorte várias notícias com fotos do jornal. Elimine as legendas.
b) Separe as fotos das notícias.
c) Desafie o grupo a encontrar o par (notícia + foto).
7. A Notícia Completa
a) Recorte várias notícias de jornal que tenham as quatro partes fundamentais: título/manchete, lead, corpo, e foto com legenda.
b)Desmembre as notícias, recortando as partes de cada uma.
c) Embaralhe tudinho e peça ao grupo para reorganizá-las novamente.
8.Texto Quebra-cabeças
a) Recorte alguns textos (tantos quantos forem os grupos com os quais você irá trabalhar). Os textos poderão ser coloridos para motivá-los.
b)Faça marcações de forma desorganizada nos textos (tal qual nos quebra-cabeças) e recorte-os.
c) Ofereça-os aos grupos para que os montem novamente. Você poderá ter em mãos algumas perguntas de interpretação para que o grupo responda, dando conta do entendimento da leitura que fizeram. Também poderá ser feita em forma de gincana: o grupo que primeiro responder corretamente a todas as perguntas será o vencedor.
9. Charges
Ler charges de jornal é uma forma divertida de se manter atualizado.
a)Recorte as charges que encontrar pelos jornais.
b) Distribua-as para os grupos e peça para fazerem a leitura do momento, discutindo o acontecimento que está sendo abordado, além de tentar identificar as pessoas que estão sendo focalizadas.
c) Troque com os outros grupos de forma que todos possam fazer as várias leituras.
d) Compare as diferenças que forem surgindo.
10.Lendo figuras
a) Selecione figuras - pode ser de jornal também- que apresentem uma situação passível de se criar um enredo. Explique que uma boa história deve, necessariamente, ter um conflito, senão não é uma história.
b) Peça para que cada um faça a sua leitura do texto extra-verbal silenciosamente.
c) Solicite que, nesse segundo momento, contem para o colega do lado que leitura fizeram e como resolveram o conflito que imaginaram para aquela figura . É importante que cada um fale; não ligue se gerar tumulto na aula, já que isso "faz parte", como diria o Ban-ban.
A intencionalidade pedagógica como estratégia de ensino
Paulo Sérgio Negri. e-mail:
setenegri@hotmail.com. Mestre em Ciências Sociais pela UEL. Atua no setor
pedagógico do Laboratório de Tecnologia Educacional – LABTED/UEL. Ministra
cursos na área de formação de professores docente do Curso de Especialização em
Metodologia da Ação Docente – CEMAD/UEL. Professor da Rede Pública de Ensino.
Agir com intencionalidade pedagógica é organizar a aula de
maneira consciente, planejada, criativa e capaz de produzir um efeito positivo
na aprendizagem do aluno.
Convém lembrar também que a intencionalidade pedagógica vai
além do “ritual” de planejamento de conteúdos, ela incide principalmente na
postura do professor, que deve buscar o tempo todo um diálogo franco,
elucidativo, formativo e proativo com seus alunos, ajustando-se, precisamente,
o seu discurso na tentativa de construir no seu aluno algo maior que a
transmissão de conceitos e teorias. Entendemos que para uma aula estar
didaticamente correta, sua execução deve passar por três fases fundamentais: a)
Fase Inicial, b) Fase Intermediária ou de Execução e c) Fase Final ou de
Síntese . Esta ordem pedagógica permite ao professor uma comunicação de
qualidade, além de possibilitar a execução das habilidades de ensino
(SANT’ANNA, 1977) em que organiza a aula de forma que o aluno possa visualizar
a estrutura didática que esta sendo utilizada. Apresentamos, portanto, uma
breve reflexão sobre o cotidiano pedagógico do professor considerando as três
grandes fases da aula:
A) Fase Inicial.
Como o próprio nome já diz é o início da aula, desde o
momento em que o professor entrou na sala e cumprimentou os alunos até a
indicação dos conhecimentos selecionados (conteúdos). Em uma aula de cinquenta
minutos diríamos que são os cinco primeiros minutos em que o professor explora
rapidamente o tema da aula, valorizando seu vínculo com o cotidiano do aluno e
especifica a forma com que conduzirá a ação didática prevista (estratégias
estabelecidas para a aula,no qual se apresenta com os subtópicos as seguir
(NEGRI, 2008):
A 1 Organização.
Refere-se a toda a logística da aula. Não se pode transmitir
uma aula sem organização que vai desde a sua preparação, através do plano de
aula, até a disposição do espaço de sala, que chamaremos de cenário pedagógico.
A 1.1 Planejar a aula.
O planejamento da aula é de fundamental importância;
preparar é na verdade prever toda a estrutura: qual será o conteúdo a ser
trabalhado, com que ação pedagógica (estratégias para desenvolver a aula), os
conteúdos previstos, a forma de avaliar percebendo se a missão prevista foi
atingida ou não. Os recursos áudio visuais a serem utilizados e até mesmo as
referências de pesquisa dos conteúdos.
A 1.2 Preparar o espaço físico.
Conceituamos espaço físico da sala de aula aquele em que se
elabora toda a relação ensino aprendizagem. Sendo assim, é o ambiente onde o
professor desenvolverá os conteúdos com seus alunos. Neste espaço o professor
passará grande parte de seu tempo, portanto, ele deve ser organizado e
harmônico. Assim, ao chegar na sala de aula ele precisa verificar como está
organizado o ambiente: iluminação, ventilação e ruídos devem ser observados
para se evitar distrações e perca de concentração.
A 1.3 Verificar os recursos áudio visuais a serem
utilizados.
Caso a aula planejada tenha a previsão de utilizar algum RAV
(Recurso Áudio Visual), sua verificação deve ser feita antes de iniciar a aula.
Observar se existem tomadas elétricas suficientes, em caso de retroprojetor,
verificar se a lâmpada e botão liga-desliga estão em condições de uso. Se for
utilizar aparelhos sonoros (CD, DVD, fita cassete, gravadores ou o projetor
multimídia com sons) verificar se todos estão em perfeito funcionamento, com a
propagação do som regulada para aquele espaço físico.
A 1.4 Preparar o material de apoio.
Entendemos por material de apoio todo o suporte preparado
pelo professor anteriormente, que será utilizado em aula: textos, esquemas,
lista de atividades, apostilas e material multimídia, entre outros.
A 2 Estrutura Pedagógica.
A estrutura pedagógica se constitui em toda verbalização
inicial em que o professor organiza pedagogicamente sua fala. Neste, momento
toda a logística da aula será apresentada desde os conteúdos selecionados, a
verbalização da missão prevista, estratégias de ação docente até a avaliação
prevista para aquele momento, (pós aula).
A 2.1 Esclarecer acerca do tema da aula.
O professor deve esclarecer aos seus alunos qual o tema da
aula, e dizer a importância que aquele conteúdo terá no seu processo de formação.
Queremos dizer que o tema deve ser esclarecido de maneira simples, objetiva,
visando desafiar o aluno de tal forma que ele se sinta estimulado a aprender
aquele conteúdo.
A 2.2 Comunicar a missão da aula.
Cada aula tem uma missão (alguns chamam de objetivos), o
importante é o professor saber exatamente o que ele quer do seu aluno diante de
determinado conteúdo (NEGRI, 2007); o que ele espera que o aluno desenvolva.
Isto deve ser verbalizado, pois, assim o aluno estará ciente de todo o processo
e deverá dividir responsabilidades para que a aula tenha efeito positivo.
A 2.3 Vincular o tema da aula ao cotidiano do aluno.
O professor deve vincular o tema da aula com a prática de
vida do aluno, mostrando de maneira clara e direta onde estes conteúdos
colaborarão no dia-a-dia dele.
É sempre muito saudável para o processo de aprendizagem que
o aluno perceba quando ele poderá utilizar aquele conteúdo.
A 2.4 Ação didática prevista – estratégias.
A ação didática prevista refere-se às estratégias que o
professor utilizará para transmitir o conteúdo escolhido, o qual deverá ser
dito aos alunos logo no início da aula; se vai ser aula expositiva com auxílio
de retroprojetor, aula com projetor multimídia, com aparelho de som, no
laboratório, com quadro de giz, textos de apoio etc.
A 2.5 Esclarecer suficientemente sobre qual será a avaliação
prevista para a aula.
É conveniente alertar o aluno logo no início da aula, de que
para a missão ser considerada satisfatória, o mesmo deverá, ao final da aula,
demonstrar que realmente entendeu o conteúdo. Isso se dá de diversas formas:
lista de exercícios, atividades em grupo, discussão aberta com questões orais,
entre outras.
B ) Fase Intermediária ou de Execução.
A fase intermediária ou de execução é aquela na qual o
professor desenvolve os conteúdos; nesta fase existe uma somatória de intenções
pedagógicas e uma série de competências (PERRENOUD, 2000) que vão desde os
gestos, a fala, os movimentos, a sequência dos conteúdos, os exemplos
trabalhados em aula, até os recursos áudio visuais escolhidos. Podemos dizer
então que é a “aula” propriamente dita, no qual o domínio pleno do conteúdo tem
um importante papel para que esta fase seja bem sucedida, além de estar atento
aos detalhes da comunicação verbal e não verbal (NEGRI, 2008) como veremos nos
subtópicos a seguir:
B 1 Conhecimentos Selecionados.
Os conhecimentos selecionados são exatamente o conteúdo que,
dosadamente o professor escolheu para a aula. Lembrando que estes nunca se
compõem isoladamente, organiza-se dentro do plano de aula que, por sua vez,
está ligado ao plano anual, semestral e bimestral que são oriundos do plano de
curso de cada disciplina.
B 1.1 Indicar, dentro do tema da aula, quais conhecimentos a
serem abordados.
Assim que se inicia a aula e após a exposição da Fase
Inicial, o professor deve estabelecer um clima de estímulo quanto ao tema da
aula. Deverá, também, comunicar ao aluno quais serão os conhecimentos
(conteúdos) a serem trabalhados na aula e qual comportamento ele espera do
aluno, que, por conseguinte, implica cumplicidade de ambas as partes.
Intencionalmente, o professor divide responsabilidades logo de início. Cabe a
ele o domínio e responsabilidade do conhecimento a ser tratado em aula e na
forma de administrá-lo (NEGRI, 2007), quanto ao aluno cabe o dever de estar
atento a cada passo das estratégias elaboradas pelo professor, para que exista
o “clima” intencional que induza a aprendizagem.
B 1.2 Relevante existência com o cotidiano do aluno.
Muito importante o professor ter a plena noção de vincular o
conhecimento a ser administrado na aula com o cotidiano do seu aluno. Na
verdade, a aprendizagem se substancia mais na medida em que o aluno consegue
perceber a praticidade do conteúdo em seu dia-a-dia. Nem sempre o conhecimento
selecionado para uma aula muito específica, pode ser vinculado ao cotidiano do
aluno, mas sempre que possível o professor deve fazer esta ligação, isso é
saudável dentro do processo de aprendizagem.
B 1.3 Estabelecer conhecimentos de acordo com os níveis de
dificuldade: simples, médio e complexo.
Ao desenvolver os conhecimentos selecionados, o professor
deve ter a sensibilidade de fazê-lo respeitando os níveis de dificuldade,
iniciando, logicamente, sempre pelos aspectos mais simples (conceitos, revisão
etc.), e ir avançando de acordo com o feedback que o aluno procura demonstrar.
B 1.4 Domínio de conteúdo.
Denominamos domínio de conteúdo (conhecimentos), a
habilidade de internalização que o professor deve ter para conhecer o máximo
possível sobre o assunto que ele se propôs a ensinar. Naturalmente que não
existe ninguém que saiba tudo neste mundo, mas, ao entrar na sala de aula, o
professor tem a obrigação de conhecer bem o tema da aula e suas implicações.
Uma das maiores dificuldades apresentada pelo aluno em
relação aos professores é exatamente o estabelecimento de uma conexão que
viabilize o conhecimento que o professor possui, e o entendimento que o aluno
deverá adquirir.
Saber transmitir determinados conhecimentos é antes de mais
nada, utilizar-se de um diálogo de aproximação com os alunos, capaz de produzir
o efeito ensino-aprendizagem. Valer-se de um discurso acessível, respeitando a
formação processual em que os alunos se encontram, sem cair é claro no desleixo
absoluto e reduzir o conhecimento a ser ensinado em mera enganação.
B 2 Comunicar a aula.
É fato que durante a aula o professor utiliza as duas formas
de comunicação: a Verbal e a não Verbal. O professor no ato de ensinar tem que
proporcionar aos seus alunos uma estimulação visual, gestual e auditiva capaz
de chamar a atenção sem agregar, em seus gestos e fala, situações que possam
desviar a atenção e prejudicar a aprendizagem.
B 2.1 Comunicação verbal fluente sem agregados negativos (é,
né, tá, hã, bom, a gente vai, etc.).
Ao se comunicar o professor deve evitar vícios de linguagem,
excesso de gerundismo ou repetir a mesma palavra por várias vezes, como por
exemplo: né, ta, ééé, iii, a gente vai, etc. A presença destes agregados
negativos na fala empobrece o discurso e distrai quem o ouve.
B 2.2 Uso correto e estimulador da voz (alto/ baixo) e a
correta expressão verbal.
No que diz respeito à emissão vocal, o professor precisa
estabelecer uma pronúncia clara, com expressão verbal correta e fluência no que
diz e do jeito que diz. A entonação da voz deve ser correta, evitando a voz
muito baixa ou muito alta e num mesmo volume ou ritmo.
Engana-se quem pensa que o melhor jeito de dar aula é
sentado ou “escorado” na mesa ou ainda em pé no cantinho do quadro de giz. A
aula por si só exige dinamismo nas estratégias de como administrar os
conteúdos, na maneira correta de posicionar a voz e também nos gestos físicos.
É a comunicação não verbal. Gesticular com os braços e as mãos sem nenhuma
intenção pedagógica cria um contraste visual enorme, do mesmo modo,
recomenda-se que o professor procure, ao máximo, estabelecer contato visual com
seus alunos. Durante a aula o professor deve movimentar-se, não devendo ficar
paralisado em qualquer canto da sala, porém estes movimentos também não devem
ser frenéticos; o professor deve caminhar suavemente, para a direita, para a
esquerda, para frente, próximo aos alunos, para trás; voltar-se para o quadro
de giz quando necessário, sem pressa.
Todos os movimentos devem possuir uma intenção que aproxime
o professor dos alunos. Esta variação de estímulos permitirá que o aluno não se
distraia.
B 2.4 Ocupar o “cenário pedagógico” da aula com
auto-controle (segurança).
Primeiramente é preciso definir o que é “cenário
pedagógico”: entende-se por cenário pedagógico todo o espaço físico dentro da
sala de aula, desde a posição das carteiras até o espaço circulante destinado
ao professor. Ocupar o cenário pedagógico com segurança é gerenciar a aula de
forma segura, movimentando-se intencionalmente dentro deste espaço, a ponto de
gerar um efeito visual significativo na plateia.
B 2.5 Uso adequado e correto dos recursos áudio visuais.
Os recursos áudio visuais podem deixar uma aula atrativa,
agradável e dinâmica se bem utilizados. Se mal utilizados, a aula será
cansativa, confusa e os alunos perderão o interesse rapidamente. Normalmente,
os recursos mais utilizados em sala de aula são: retroprojetor, quadro de giz,
vídeo e projetor multimídia (data show). O uso adequado de tais recursos deve
criar um clima de favorecimento e rendimento da aula. Na verdade eles existem
para auxiliar o professor e não o contrário.
B 2.6 Exemplificar os conteúdos selecionados visando
facilitar a aprendizagem.
A aula deve ser “construída” pelo professor, e, isso depende
muito de um conjunto de fatores combinantes entre si: conhecimento do tema a
ser trabalhado, recursos utilizados, interatividade com os alunos e os exemplos
dados em aula.
Diante de um conteúdo, o professor deve apresentar uma
coleção de exemplos sobre aquele determinado tema, que possam trazer para o
concreto o que se trata na teoria, que permita ao aluno também apresentar se
possível, os seus exemplos.
B 2.7 Estabelecer um clima da harmonia proporcionador de
interatividade com os alunos (perguntar, e dar oportunidades aos alunos de
perguntarem, de darem exemplos).
Engana-se quem pensa que aula é algo “carrancudo”, “chato” e
sem emoção. Por isso, a consciência e postura do professor deve ser a mais
aberta possível. O aluno deve perceber no professor a disposição de criar
interatividade, dando liberdade para que ele possa perguntar, demonstrar suas
ideias, suas dúvidas e sua não aprendizagem.
B 2.8 Postura adequada (comportamento condizente com a
função que se pretende exercer).
A palavra postura aqui pode ser sinônimo de ética, respeito,
atenção, serenidade e educação. Uma pessoa que almeja o magistério tem que
possuir uma postura de respeito aos que o ouvem, ter um diálogo franco, honesto
com seu público. Seu comportamento pessoal e social deve estar adequado com
aquilo que ele pretende formar junto às pessoas que convivem e irão conviver
com ele.
O professor é um formador de opinião acima de tudo e seu
comportamento deve ser condizente com a sua fala, e praticar aquilo que se
acredita (VAZ, 2002). Olhar no aluno e ver esperança, alegria, procurar
acrescentar algo de bom, construir conceitos morais, valores sociais,
profissionais e demonstrar interesse pelo futuro daqueles que serão os
profissionais do amanhã.
B 2.9 Intencionalidade didática – pedagógica (fala, gestos,
ao administrar os conteúdos, sorriso, acolhida aos alunos com dificuldades de
aprendizagem).
Toda a atitude do professor em aula deve estar ligada
essencialmente com a aprendizagem dos seus alunos, (NEGRI, 2007). Ter intenção
pedagógica é realizar todo o planejamento da aula com consciência. Saber o que
se está fazendo e porque se está fazendo. Intencionalidade didático/pedagógica
é administrar a aula sem improviso, acolhendo as dificuldades dos alunos com
absoluta certeza do que se está fazendo, tudo planejado e se ocorrer algum
imprevisto (o que é normal em se tratando de aula) saber reagir de maneira
pró-ativa em favor da construção da aprendizagem.
B 2.10 Imagem pessoal adequada (roupa condizente com a
formalidade exigida, “adereços” que provocam sons e distraem os alunos).
Quando se fala que a profissão de professor é diferenciada,
as pessoas não têm ideia da extensão desta afirmação. Como é uma profissão que
exige uma intensa exposição pública, a imagem pessoal deve ser a mais sóbria
possível. Roupas adequadas, evitando excesso de sensualidade, decotes, roupas
transparentes que “marcam” o corpo ou ainda adereços desnecessários (pulseiras
barulhentas, brincos chamativos ou qualquer outro objeto que provoque sons ou
distração visual).
B 2.11 Percepção do nível de aprendizagem dos alunos durante
a exposição do conteúdo previsto (pergunta aos alunos se eles estão entendendo,
responde as dúvidas com tranquilidade, estabelece um clima de liberdade para
que a aprendizagem se realize).
Quando o professor estabelece um clima de liberdade com os
alunos e permite a interatividade, a percepção do nível de aprendizagem fica
mais evidente. Uma aula monóloga onde somente o professor transmite (não
elabora, nem constrói) o conteúdo sem se preocupar se os alunos estão
entendendo ou não, dificilmente se visualizará a percepção pedagógica. A
percepção do nível de aprendizagem dos alunos se dá na medida em que o
professor tem como referência os “feedbacks” evidenciados através das perguntas
feitas por ele no decorrer da aula. Outro fator de grande relevância é a forma
com que o professor acolhe as dúvidas dos alunos; não é aconselhável demonstrar
impaciência ou irritação diante das dificuldades expressadas pelos alunos.
C ) Fase final da aula ou síntese.
Após toda a distribuição orientada dos conteúdos aos alunos,
é o momento de finalizar pontualmente a aula. Se considerarmos uma aula com 60
minutos, a Fase Final ocuparia seus últimos 10 minutos antes de se iniciar a
avaliação estabelecida para os alunos. Finalizar a aula é deixar claro para o
aluno, através de uma síntese ou revisão que o conteúdo estabelecido para
aquele momento se findou. Isso precisa ser sinalizado pelo professor para que o
aluno possa então, internalizar a aprendizagem adquirida. Segundo NEGRI (2008)
apresenta-se com os seguintes sub-tópicos:
C 1 Síntese da aula.
Corresponde ao fechamento do conteúdo de maneira pontual,
observando se existem ainda dúvidas sobre o tema trabalhado em aula. Neste
momento o professor deverá estimular os alunos para que possam expressar sua
aprendizagem (ou não), nas suas opiniões ou exemplos.
C 1.1 Oferecer, ao término do conteúdo selecionado, revisão,
observando as dúvidas ainda existentes.
O professor deve exaurir todos os esforços para que o aluno
assimile os conteúdos e produza o efeito de aprendizagem internalizada, (NEGRI,
2008). Durante toda a aula sempre existem dúvidas ou não compreensão do que foi
desenvolvido. Após a aula, o professor deve revisar de forma concisa e clara o
que foi ministrado aos alunos.
C 1.2 Proporcionar tranquilidade aos alunos na elaboração
suas dúvidas.
Neste momento de síntese final, o professor deve transmitir
ao aluno segurança e proporcionar um clima de liberdade para que ele possa
interagir levantando suas dúvidas, erros ou acertos. A postura do professor
neste momento é de acolhimento sem demonstrar gestos de impaciência (mesmo
quando o aluno não entendeu nada).
C 1.3 Executar a avaliação prevista no início da aula.
Conforme mencionado na Fase Inicial da aula, o professor
deve comunicar ao aluno a missão da aula e como ele será avaliado. Ao perceber
que não existe mais nada a acrescentar em tudo o que foi tratado em aula, e
após observar que os alunos puderam amplamente manifestar suas dúvidas, acertos
e erros sobre aquele tema, é o momento de avaliar a aprendizagem adquirida na
aula. Pode ser através da oralidade, lista de exercícios, trabalhos em grupo,
resenha, etc. O importante é que o professor tenha um feedback a mais para
observar a percepção do nível de aprendizagem do aluno.
C 1.4 Saber aproveitar o tempo estabelecido para a aula (sem
ultrapassar ou sobrar em muitos minutos).
Quando se planeja a aula, o professor deve ter claro a noção
temporal da mesma. Se a aula foi preparada para 60 minutos ele não pode
encerrá-la aos 35 minutos, vai sobrar muito tempo. Recomenda-se que seja feito
um controle inteligente do tempo para não sobrar e nem faltar, reforça-se aqui
a importância do professor conhecer bem o rendimento de cada turma de alunos
C 2 Feedback da aula.
São as respostas por parte do aluno de como ele está
absorvendo ou não aquele conteúdo. É a percepção que o professor tem do nível
de aprendizagem da turma, que se dão através de perguntas, respostas,
considerações entre outros.
C 2.1 Permitir, em diversos momentos da aula, especialmente
na síntese final, que os alunos demonstrem se houve ou não aprendizagem e em
que nível (satisfatório/não satisfatório).
Geralmente este feedback é proporcionado através de
questões, exemplos, síntese da ideia central da aula, etc. O professor deve
estimular o aluno a responder, complementar, duvidar, raciocinar, expressar sua
opinião para que ele possa perceber se houve aprendizagem e em que nível:
satisfatório ou não satisfatório, pois é a partir desta percepção que o
professor deverá nortear suas próximas aulas, utilizando estratégias que possam
aproximar cada vez mais o aluno da aprendizagem.
C 2.2 Indicar o tema para a próxima aula.
Ao finalizar definitivamente a aula, após todas as
considerações e indicação da avaliação, o professor deve dizer ao aluno qual
será o tema da próxima aula. Isso permitirá que o aluno visualize a linha de
raciocínio e a sequência de temas que está sendo adotada, isto poderá estimular
o aluno a pesquisar antecipadamente o próximo conteúdo.
C 2.3 Saudação final (bom dia, boa tarde, até a próxima aula
etc.).
É sempre recomendável que o professor faça uma saudação
final ao aluno, isto, além de imprimir um aspecto de simpatia por parte do
professor, demonstra também a preocupação em valer-se de regras de bom
tratamento que deve permear todo o processo de ensino-aprendizagem entre
professor e aluno.
Considerações Finais
Por fim,
entendemos que a utilização permanente das fases intencionais da aula, além de
facilitar a comunicação entre professor e aluno, permite a possibilidade de
estabelecer um ambiente favorável para o processo ensino-aprendizagem.
É fato que a comunicação pedagógica utilizada pelos
professores parece não “rebater” no processo de aprendizagem dos alunos,
necessitando então de um aprimoramento maior. A reinvenção do “diálogo
pedagógico” (verbal e não verbal) pode estabelecer um novo “fio de meada” na
relação cotidiana de quem ensina e daqueles que aprendem, é papel da escola
construir as competências necessárias (PERRENOUD, 1999) para que possamos ter
alunos capazes de resolver problemas frente a situações sociais.
Referências Bibliográficas
NEGRI, Paulo Sérgio. Comunicação Didática: A
Intencionalidade Pedagógica Como Estratégia de Ensino. Módulo I. Londrina:
LABTED/UEL, 2008.
NEGRI, Paulo. Concurso Público: Prova Didática. Londrina:
UEL, 2007.
PERRENOUD, P. Construir as Competências desde a Escola. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
PERRENOUD, P. Dez Novas Competências para Ensinar. 1. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANT’ANNA, F. M. Microensino e Habilidades Técnicas do
Professor. 3. ed. Porto Alegre, 1977.
VAZ, Selma Ferreira. A Educação e os Temas Transversais.
Monografia de Especialização. Londrina: UEL, 2002.
Assinar:
Postagens (Atom)